A história da perfumaria

Os cheiros mais antigos de que se tem conhecimento são derivados da fumaça que resultava da queima de madeiras, especiarias, ervas e incensos. É daí que vem, segundo Renata Ashcar, autora do livro Brasilessência – A Cultura do Perfume, a origem latina da palavra “perfume”: per (através) e fumum (fumaça), através da fumaça.

O perfume surgiu no auge da civilização egípcia, por volta de 3.000 a.C. O povo do vale do Nilo era politeísta e homenageava suas divindades em rituais riquíssimos. Eles acreditavam que se seus pedidos e orações viajassem nas nuvens de fumaça aromática que se elevavam aos céus, eles chegariam mais rápido aos deuses. O perfume, naquele tempo, era muito mais valioso do que hoje em dia. Era, a princípio, utilizado exclusivamente para louvar aos deuses. Depois, seu uso se estendeu para faraós e membros da corte, chegando por último ao povo.

Os egípcios estabeleceram uma relação tão grande entre o aroma e o divino que existiam, dentro dos templos, laboratórios dedicados à produção de perfumes e ungüentos. A queima de madeiras preciosas, resinas e incensos servia para purificar altares. Estátuas dos deuses eram glorificadas com óleos perfumados.

Cleópatra, a última rainha do Egito, impregnava até as velas de seu barco com perfume de rosas, e nele se exibia misteriosa, como uma deusa, envolta em fumaça de incenso. Em sua famosa visita ao imperador romano Marco Antônio, ela deixou como rastro um cheiro de rosas por onde passou – isto fez o perfume de rosas entrar na moda. Cleópatra é até hoje lembrada como uma autoridade no ramo da perfumaria e da cosmética.

A história da perfumaria atravessa os séculos, passando por diversas grandes civilizações e desempenhando papel importante na formação de várias culturas. Acesse sempre o blog da Kanitz para conhecer mais sobre o passado, presente e o futuro da perfumaria, além de ficar por dentro de dicas e curiosidades.